sexta-feira, 15 de julho de 2016

Ajudar no que se pode


Saber que uma amiga está a passar por algo que não desejo a ninguém com uma postura tão positiva (a melhor que poderia ser), de forma estóica e a conseguir manter um sorriso nos lábios todos os dias e a manter-se funcional de tal forma que só quem é mais próximo sabe o que se passa. Querer ajudar e não saber como. Apoiá-la da única forma que sei e que me parece ser a que ela precisa agora, que é continuar a lidar com ela como sempre, com a mesma alegria, mantendo a mesma rotina na nossa relação e saber perguntar pontualmente por notícias e dar a palavra amiga necessária apenas nesse momento e fechar a conversa com um sorriso e a seguir continuarmos na nossa conversa corrida sobre outros temas, mantendo o resto da vida a decorrer como sempre, porque esta estabilidade é necessária. E um dia discretamente ela pede-me ajuda. Apenas uma pequena ajuda que ela sabe eu ser a pessoa certa para a ajudar. Responder logo a este pedido de ajuda, que é algo tão pequeno. Mas sentir que ajudei a desbloquear uma situação, a ajudá-la a dar mais um passo, por mais pequeno que seja e vê-la festejar e agradecer a minha ajuda que efectivamente deu os frutos que ela queria. E por um pequeno instante festejarmos as duas, porque sabemos que no meio disto tudo há que festejar as pequenas vitórias.

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