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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Abolir a gritaria matinal... é muito difícil, mas não impossível

Hoje estava a ler este post (clic!) de uma blogger que sigo (e recomendo pelo humor, o que me rio com ela!) e decidi deixar-lhe um comentário que ilustra a forma como eu decidi lidar com as birrices e embirrices matinais, quer deles, quer minhas.

Dei por mim exactamente nesse ciclo vicioso que é passar a manhã a gritar com os miúdos e chegar ao trabalho numa pilha de nervos e pensar que o pouco tempo que tinha com eles passava-o a gritar e a enervar-me. Depois decidi que afinal eles são crianças e eu adulta. Logo (em teoria :) ) eu estou em vantagem e decidi racionalizar a situação e fazer algumas alterações. Implementei umas 4 ementas para pequeno-almoços e uma regra: se querem uma coisa diferente das da ementa, eu aponto para termos para o pequeno-almoço do dia seguinte (às vezes é complicado cumprir, mas pelo sossego dos restantes dias desdobro-me!) e algumas vontades são para pequeno-almoços de fim-de-semana que acabam sempre por ser mais especiais. Ao fim de umas birras deixaram-se de exigências (mais o I, que o H é muito pacífico e compreensivo - poderia dizer que é por sesr mais velho, mas não, foi sempre assim) e as escolhas matinais passaram a ser pacíficas. Quando acordam estou lá para dar miminhos e bons dias e têm de me dizer o que querem das 4 opções :) . A roupa é a farda da escola (dá imeeenso jeito!) e podem ir com os sapatos que quiserem dos 2 ou 3 pares que lhes dou à escolha (para evitar irem de ténis de pano com chuva torrencial). Também decidi instituir a regra do "conta 3". Eu digo para fazerem uma coisa, se não fazem ou reagem mal, conta 1. Quando somei 3 num dia já sabem que no dia seguinte não há "ecrãs". E com isso aboli a maioria da gritaria e eles sabem com o que contar. Por vezes quando ameaço contar 3 o mais novo de 6 anos não se contem e chora que nem um desalmado. Só tenho que ter paciência e deixá-lo chorar, pois de repente fica muito calmo e sereno e até me vem pedir desculpa. Se eu estivesse de roda dele a tentar falar com ele só iria prolongar mais a choradeira, sem grande sucesso. Mesmo com todos estes truques e técnicas há dias que têm de levar com um grande sermão a caminho da escola, mas tento fazer um esforço para os deixar sempre com um abraço, um beijão e um sorriso para recordarem ao longo do dia.


Por vezes temos mesmo de parar e pensar na forma como vivemos alguns momentos da nossa vida para perceber se é mesmo isso que queremos. Acredito, que mesmo que seja mínimo, conseguimos sempre melhorar alguma situação quando paramos para pensar, racionalizar e tentar mudar.

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