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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

SOL


Sim, uma pessoa pode fazer todos os planos que quiser para o fim-de-semana, mas por vezes um dia sem planos pode ser muito bom. Foi o caso deste domingo, e para isso bastou um ingrediente. Um pormenorzito que me trouxe duas horas e tal de sossego, paz e plenitude. Esse pormenorzito foi o SOL. Dignou-se a aparecer e manter-se sozinho, sem chuviscos e rajadas de vento. Esteve lá umas horas que foram mais do que o suficiente para me armar com as minhas luvas de jardinagem, a minha base para os joelhos, a minha tesoura de poda e um saco do lixo tamanho XL. Fui. Fui para o meu jardim e só voltei quando já não tinha mais nada para podar. Arranquei ervas daninhas (tantas!), apanhei folhas mortas, lixos e trancos velhos espalhados pelo vento dos últimos tempos. Não fiz nem metade do que era preciso - falta arramar novos trancos, direccioná-los para onde tem de ser o seu caminho, ajudar árvores e arbustos a crescerem direitos, arrancar mais umas tantas ervas daninhas. Ver que há plantas que conseguiram reproduzir-se onde não deviam, transplantá-las para melhores sítios. Algumas colocar em vasos para irem adornar outros jardins, porque não têm espaço no meu. É mais forte do que eu, não consigo deitar para o lixo algo que poderia crescer noutro lado.




Fui para o meu jardim, com sol, e voltei com as energias recarregadas e com uma saudade louca dos dias primaveris, das deambulações ao sol, do calçado mais leve e de peles bronzeadas.



Mas os planos também são bons. Já andávamos a planear a ida de uns amigos lá a casa há tempo. Era o "têm de lá ir", "Temos de combinar" e nada... Há 2 semanas pusemos mãos a caminho e entre horários complicados e vidas muito preenchidas conseguimos agendar um almoço. E foi muito bom podermos estar umas horas à conversa, daquela que pega de estaca e que faz o tempo correr sem nos apercebermos. Degustámos uma boa refeição, daquelas que se vai comendo, depenicando, experimentando e que parece pegar-se ao lanche... Rimos juntos, uns dos outros e isso só acontece quando a nossa história em comum nos traz esta cumplicidade boa.

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