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sexta-feira, 6 de maio de 2016

Simplificar


Adorei este texto do blog seismaisdois que visito assiduamente e subscrevo o conceito em toda a sua abrangência. Tento reduzir tudo ao basilar e essencial. Floreados e excessos, só na literatura e nos mimos! 

Comecei aos poucos arrumando gaveta a gaveta, prateleira a prateleira lá por casa. Na cozinha dava por mim a deitar imensa coisa que chegava ao final do prazo de validade. Coisas que tinha comprado porque queria fazer algo e não "porque IA fazer algo". Agora é o meu novo mote. Só compro o cabaz básico e quanto ao resto, só compro ingredientes para algo que vou mesmo fazer nos próximos dias. Resultado, baixou a conta da mercearia (na realidade equilibrou, porque os preços subiram, mas como comecei a comprar menos acabo por gastar mais ou menos o mesmo, o que já é bom). Os míudos reclamam um pouco por ter deixado de haver tantas bolachas à disposição, mas pouco a pouco começam a substituir as bolachas por outro tipo de alimentos mais saudáveis. De seguida passei aos brinquedos e passei a mensagem a familiares e amigos - reduzir ou juntarem-se para no Natal e nos anos dar algo mais significativo em vez de vários brinquedos, com alguns dos quais só brincam uma ou duas vezes e de seguida vão para o cesto dos donativos. Apostem nos livros! 

Depois foi na roupa. Sobretudo na dos miúdos. Havia peças que só usavam duas ou três vezes. Agora compro menos e eles usam e usam. Tudo muito mais simples - mais espaço nos roupeiros, menos roupa para arrumar e passar a ferro. Menos luta para os fazer usar aquelas que gostavam menos, pois acabavam por querer quase sempre vestir as mesmas peças de roupa.

E agora aplico essa filosofia em tudo o que pego para comprar. Surge logo um pensamento para avaliar se precisamos mesmo daquilo ou não.

Uma das coisas engraçadas é que esta forma de estar perante o excesso de consumismo tem reflexo também nos miúdos. Então o H aplica esta filosofia às vezes de uma forma muito crua, vai muita coisa para as caixos dos donativos e para deitar para o lixo que confesso não sou capaz de deixar ir. Ainda há todo um despego emocional que não consegui atingir. Tudo me lembra algum momento, ou alguma pessoa e digamos que isso atrapalha um pouco no momento de deixar ir as coisas da nossa vida...

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