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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Por que damos colo do lado esquerdo?

Pode ser tudo teorias da treta e daqui a uns anos outros investigadores quaisquer aparecerem com outra teoria maus plausível, mas lá que é enternecedor pensar que tudo em nós tem uma razão, um propósito - o de criarmos e amarmos da melhor forma que soubermos as nossas crias. Ora leiam lá o texto que transcrevo abaixo.

Quanto a crias e a pormenores mais ou menos científicos, as minhas adotaram uma resposta muito diplomata quando são questionados pelos seus progenitores do porquê de um comportamento menos adequado (ou seja, coisa estúpida ou birrice). Passo a citar: "Não sei, deve ser dos genes que me passaste", isto acompanhado de um sorriso de orelha a orelha, não dá para resistir e não rir (mas não escapam ao devido sermão!).

 

Por que damos colo do lado esquerdo?




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Por que encostamos os bebés ao lado esquerdo do nosso corpo quando lhes damos colo? Esta é uma questão à qual os investigadores tentam responder há várias décadas. Como explicar o facto de que cerca de 80 por cento das mulheres, independentemente de serem dextras ou esquerdinas, utilizam o braço esquerdo para dar colo aos bebés, naquilo que parece ser um comportamento instintivo?

A primeira explicação partiu do psicólogo norte-americano Lee Salk: tal preferência está relacionada com o som dos batimentos cardíacos da mãe. Embora a sua teoria tenha prevalecido durante algum tempo, vários estudos vieram mostrar que o som preferido, tanto do feto como do recém-nascido, é, afinal, a voz da mãe e que o som dos batimentos cardíacos não parecia ter mais relevância.

A hipótese mais fiável chegou, há alguns anos, pela mão das investigadoras da Universidade de Sussex, Victoria Bourne e Brenda Todd. As especialistas atribuem este comportamento a um sofisticado processo no qual estão envolvidos os hemisférios cerebrais da mãe. Assim, quando um bebé é acolhido no lado esquerdo do corpo da mãe, as suas reações (choro, riso, bocejo…) chegam diretamente ao hemisfério direito materno, onde se reconhecem os gestos emocionais e as expressões faciais. Em consequência, a relação entre mãe e filhos é reforçada, porque a mãe reconhece mais rapidamente e de forma intuitiva as necessidades do bebé.

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