sexta-feira, 7 de julho de 2017

Conversitas boas

I: "Sabes, Mãe, eu gosto muito de estar em casa dos avós, mas tenho taaanntas saudades tuas.".
Eu: "A sério, querido?".
I: "Eu quero continuar em casa dos avós, mas sinto muitas saudades. Sabes, no dia em que foste embora para casa e te foste despedir de mim na cama?"
Eu: "Sim?"
I: "Adormeci bem, mas a meio da noite acordei lembrei-me das minhas saudades e chorei um bocadinho baixinho. Foi baixinho, o H nem acordou. Depois adormeci outra vez. Mas não te preocupes porque isto é normal. Eu estou feliz na mesma.".



Esta é a recompensa por saber deixá-los estar longe de nós. É tão bom para eles, é tão bom para nós. Custo a todos. Muito. No fundo é como ele diz, por vezes é tão grande a saudade que apetece chorar baixinho, mas estamos felizes à mesma. Eles porque estão a aprender a voar sozinhos. Nós porque percebemos que estão a conseguir voar sozinhos. Sem medos, sem problemas, pondo em causa hábitos, por vezes até mesmo os valores incutidos. Mas é vê-los regressar mais fortes, convictos afinal dos hábitos e valores incutidos, mais crescidos. Sempre mais crescidos e com muitas, muitas saudades nossas.


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