Quando as pequenas coisas dão grande prazer. Estes dois saquinhos de alfazema fi-los para dar à minha amiga I nos seus anos. Queria lhe dar algo feito por mim e nada mais apropriado de que uns saquinhos de alfazema, visto ela ter-me dado um bouquet de alfazema o ano passado que eu sequei e juntei aos grãos de alfazema do meu jardim e do da minha mãe. O mais engraçado é que ela pensou no mesmo e nos meus anos (um par de semanas antes dos dela) também me ofereceu algo feito por ela - uma écharpe/cachecol de malha larga lindíssima. E ela tão feliz por me dar algo feito por ela e eu já a trabalhar também nalgo para ela.
São pequenas coisas que demoram pequenos tempos. Pequenos instantes de alegria e prazer para trazer Felicidade aos meus dias (ainda mais quando é para distribuir esta Felicidade a quem me rodeia!). É todo um conjunto de pequenos momentos distribuídos ao longo dos meus dias. Escolher os tecidos. Escolher as fitas. Pensar em adicionar mais um pequeno detalhe - as rendas. Ir cortando tudo à medida. Alfinetando e colocando de lado para a costura final. Tudo na passagem dos meus dias. No meio de duas obrigações. Entre pôr uma máquina a lavar e fazer o jantar... Entre estender a roupa e ir trabalhar. Pouco a pouco vai se fazendo. Ligar a máquina, costurar 5 minutos. Parar. Continuar amanhã. E quando dou por mim vou fazendo. Surgem pequenas ou grandes coisas feitas ao longo dos meus dias ou noites. Fruto de pequenos momentos que me vão dando grande prazer.
Mais uma vez estes pequenos sacos resultaram do aproveitamento de restos de tecidos e fitas que vou guardando. A fita laranja acabei por comprar, pois não tinha nenhuma que ficasse ao meu gosto. As rendas comprei há uns anos. Tudo o resto é reciclagem. Nesta foto não dá para perceber, mas a renda do saquinho das cornucópias é branca e a do saquinho com o padrão vichy é bege. Para enchimento uso uma proporção de 2 de Alfazema por 1 de arroz carolino. O arroz dá peso e estrutura ao saquinho, e ajuda com as humidades. Usam-se pendurados nos cabides ou nas portas dos roupeiros ou em qualquer outro sítio que nos apetece alegrar e perfumar. É impressionante como o cheiro persiste por largos meses, se não anos. Quando já não deitar o cheirinho habitual, é só abrir a costura por baixo e voltar a encher.
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