terça-feira, 5 de novembro de 2013

Uma tristíssima realidade



Recomendo a não leitura deste artigo (clic!) a quem quer manter a ilusão de uma vida cor-de-rosa e fácil. A quem acha que isto da crise só chega aos outros e que se podemos dar aos nossos filhos porque não haveremos de dar, que eles têm e merecem ter tudo.

Sou defensora que as nossa melhores dádivas aos nossos filhos são valores sólidos e noções reais da vida e, da responsabilidade e esforço necessários para vivermos da melhor forma em todas as latitudes.  No entanto custa, custa muito. Tenho a sorte (ou, como me diz sempre uma amiga minha ;) , trabalhei para ela) de (por enquanto!) não ter dificuldades financeiras e poder proporcionar-lhes quase tudo. No entanto, somos pais "forretas". Gosto de vê-los valorizarem o que têm e actualmente eles já racionalizam os seus pedidos e por vezes ficam espantados quando decidimos comprar e dar certas coisas. Ficam muito agradecidos e já chegaram a questionar estamos a gastar "tanto dinheiro". Mas o melhor de tudo é ouvi-los dizerem: "Se me deram isto então tenho mesmo de me portar bem. Isto mostra que acham que mereço e então tenho de fazer tudo o que puder." (conversa do H dias após ter recebido uma prenda e estar a ajudar-me na cozinha em coisas que eu estava a achar que já eram "demais" para a idade dele).

E concordo plenamente com o Mia Couto quando diz que a culpa não é dos jovens. É dos valores que lhes são passados, nem sempre apenas pelos pais, mas por toda uma sociedade que está mais focada na vertente económica e esquece muito o social e a integridade de cada indivíduo.












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