Deparei-me
com este artigo (Clic aqui!) e fiquei contente por ver que estou perfeitamente alinhada com
o que o mesmo preconiza. Este artigo fala sobre as 11 perguntas que devemos
fazer aos nossos filhos para eles serem mais felizes.
O que é aqui apresentado
tem tudo a ver com a preconização de uma psicologia positiva na forma como
lidamos com os nossos filhos nalguns momentos e aspectos do nosso dia-a-dia. Eu
acredito piamente que há uma propensão genética para a felicidade, mas no
entanto a maior parte da felicidade é fruto de uma forma de estar, de como
pensamos sobre a vida e de como conseguimos tornar estas duas variáveis em
hábitos diários. É algo que implica um trabalho contínuo. Ao fazer aos nossos
filhos estas 11 perguntas estamos a treiná-los numa forma de estar e de pensar
que os tornará mais conscientes e propensos a serem felizes. Também acredito que há outro tipo de perguntas que pode treiná-los precisamente para o contrário, mas não é disto que vou falar neste post.
1 :: Do que gostaste mais no teu dia de hoje?
Eu costumo
fazer esta pergunta quando vou buscá-los à escola e vimos no carro a caminho de
casa. Pessoalmente tenho o hábito de pensar nisso quando me estou a deitar.
2 :: O que
te deixou grato neste dia?
Não tenho
por hábito fazer esta pergunta. No fundo acho que é algo que surge naturalmente
na resposta da pergunta 1.
3 ::O que tu
achas que poderia ser feito para ultrapassar isso?/O que vais fazer
relativamente a isso?
Tento sempre
por os meus filhos a pensar. Primeiro para dar-lhes as ferramentas para
decidirem sozinhos e sobretudo porque acredito que a autoestima que advem de
ultrapassarem problemas são a melhor motivação para encarar os desafios de
frente e não temer enfrentar situações desconhecidas. Concordo plenamente na
conclusão de que as pessoas felizes são pessoas que encaram os problemas como
sendo superáveis, e consideram-se capazes de os solucionar.
4 :: Como é
que isso te faz sentir?
É algo que
trabalho muito com os meus filhotes. Fazê-los falar dos seus sentimentos e
fazê-los perceber que estarem tristes ou chateados não é nada de mau. Há que
perceber é porque o estão e tentar dar a volta ao assunto. E sobretudo não ter
medo de encarar quem os rodeia e falar-lhes dos sentimentos gerados por
determinadas situações. Sendo caso disso pedir ajuda para ultrapassar essa
tristeza. Isto porque uma parte
essencial da felicidade é ser capaz de perceber e expressar suas próprias
emoções.
5 :: O que
você acha que ele / ela se sente?
Isto é
crucial para eles desenvolverem a sua empatia. E costumo perguntar-lhe isso
quando me contam algum episódio que se tenha passado entre os colegas e amigos.
Por vezes contam-me situações nas quais eles não estiveram envolvidos
directamente, que apenas presenciaram. Mas penso que é a maneira deles de
digerir o que se passou e pensarem um pouco sobre a atitude das pessoas
envolvidas. No fundo também querem obter
a minha visão sobre o assunto. Tento no entanto fazê-los falar a eles sobre o
assunto e só no fim dar a minha opinião. Ambos têm relações interpessoais com
as pessoas que os rodeiam bastante fortes o que penso ser um dos pilares da
felicidade deles no dia-a-dia.
6 :: Qual é
o lado positivo disso?
Neste ponto
é algo que tenho tentar melhorar bastante. Isto porque a minha primeira reacção
é de ficar incomodada e algo chateada com eles quando os vejo serem muito
negativos perante algo. O que não ajuda muito na fase de pré-adolescente do
mais velho e na forma de estar do mais novo. Tenho tendência para começar logo
com o discurso:"Já pensaste na sorte que tu tens? Há tantos meninos
pobrezinhos que…". E sejamos francos não é a melhor das abordagens ao
tema. Tenho tentado fazê-los ver o lado positivo e depois então quando a
conversa está melhor encaminha refiro a sorte que eles têm e ponho os
pobrezinhos ao barulho.
7 :: O que
achas que podemos saber mais sobre isto?
Eu
desafio-os a procurarem nos livros, na net, a perguntarem aos professores e a
determinadas pessoas conforme o tema. E eles desafiam-me imenso a mim… Haja
tempo para os acompanhar nestas buscas todas de conhecimento e experiências.
8 :: O que
você quer fazer no fim de semana?
Isto é algo
que eu gosto muito - saber o que vou fazer no futuro e planear momentinhos bons
com família e amigos. Ajuda-me a passar pelos dias com a melhor das
disposições. A pesquisa mostra que a antecipação de experiências positivas traz
mais felicidade do que as próprias experiências. Acho que sim. Há é que não encucar que a
experiência não foi tão boa quanto a esperada. Aqui a coisa pode assumir um
papel contrário ao esperado.
9 :: O que
podemos fazer para ajudar / fazer alguém feliz?
Eu tento
incentivar os meus filhos a serem altruístas e a preocuparem-se com o próximo.
Peço-lhes muitas vezes para desempenharem pequenas tarefas em casa e vejo que
eles se sentem muito bem por participar, tomando eles próprios a iniciativa de
as realizarem noutras alturas. Tento não criar nada como uma rotina forçada e
mostrar-lhes reconhecimento pelo que fizeram. Sempre na óptica do
reconhecimento positivo e tentando evitar dentro do possível recriminá-los por
algo que não fizeram para ajudar. Vejo muitos pais a fazerem tudo pelos filhos
pensando que é o papel deles poupar os filhos ao máximo e descordo bastante com
esta abordagem. Pois estamos a castrar os filhos na possibilidade de
desenvolverem a sua auto-estima e na possibilidade de desenvolverem capacidades
para o resto das suas vidas.
10 :: Queres
ir lá para fora ou a algum sítio fazer algo?
Tentamos
sempre motivá-los a não ficarem fechados em casa agarrados aos ecrãs. Numa
primeira fase é desmobilizá-los dos ecrãs e incentivar a leitura e os jogos de
tabuleiro em conjunto ou legos e afins numa perspectiva mais solitária. Outra
aproximação é convidá-los a irem jogar os dois para a rua, ou irmos a algum
sítio para andarem de skate ou irmos andar de bicicleta ou correr. Fomentamos o
desporto ao ar livre como passatempo para nos tornamos mais saudáveis e assim
mais felizes.
11 :: O que
é que te faz sentir mais feliz?
É a prima da
pergunta nr 1, mas mais generalista, e também da que costumo fazer no final das férias
ou de fins-de-semana - O que é que gostaste mais do fim-de-semana/férias? O
interessante nisso é que também aprendemos a conhecer melhor os nossos filhos.
Por vezes estamos nós com programas elaboradíssimos e até dispendiosos e vamos
a ver no final o que eles valorizaram foi algo completamente diferente.
No fundo
isto também se aplica a nós. Se nos questionarmos a nós próprios diariamente
encontraremos mais facilmente o caminho para as nossas pequenas felicidades
diárias.
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