Ter um ou mais problemas é um problema. Mais problemático é quando se
escondem os problemas. Quando não se quer olhar para eles, fingir que não existem, quando nos transformamos em avestruzes. Ainda pior quando, além de os esconder dos
outros, os escondemos de nós próprios. Pois é sabido que encarar os
problemas de frente é meio caminho andado para a sua resolução. Triste é
ver as pessoas à nossa volta com problemas e vê-las sentirem-se
impotentes perante os mesmos. Digo sentirem-se, porque a maioria das
vezes não estão impotentes. Apenas não sabem com abordar o problema. Como partí-lo aos bocadinhos, tratando de cada bocadinho de cada vez. E com o tempo os problemas têm tendência a piorar e ultrapassá-los ou resolvê-los torna-se cada vez mais difícil. Passam de pedras no caminho, para pedras no sapato, para rochedos quasi intransponíveis. Quando vejo pessoas de costas para os rochedos andando para outras direcções para não terem que tratar dos rochedos apetece-me gritar-lhes: "PÁRA! Senta-te aí um pouco, respira e olha para todos os lados do rochedo. Se fosses invencível, não dependesses de ninguém e não sofresses consequências nenhumas o que farias para resolver este problema? Por onde é que começavas? Isto é um ou mais problemas?". Porque acredito que se pensarmos assim, sem amarras, desculpas e "e se's" podemos ver os caminhos. Depois, só temos que perceber se temos forças e coragem para percorrê-los. Mas primeiro temos que sonhar com a resolução, com todas as possibilidades. Até as mais espatafúrdias. E nem precisamos de dizê-las alto e bom som. Pode ser mesmo dentro da nossa cabeça, sem ninguém saber... ou será que temos medo até de nós próprios? Não seremos nós, por vezes com todos os preconceitos e desculpas que nos impedimos de ver os problemas e de tentar sequer encará-los e caminhar para uma resolução?
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