domingo, 22 de dezembro de 2013

Stress - a relação com o outro como uma fonte de conforto



Diariamente lidamos com pessoas que vemos padecerem de stress, anxiedades, etc... A quem está de fora é fácil perceber que com pequenas mudanças na forma de estar perante a vida muito desse stress ou anxiedade poderia ser evitado. No entanto como fazer essas pessoas entendê-lo? Eu sou leitora compulsiva. Adoro ler. Já passei a fase da embalagens de cereais há muito tempo e sinceramente os telemóveis de hoje têm a vantagem de nos permitir ler em qualquer momento do nosso dia-à-dia. Tenho assim sempre à mão uns artigos que vou apanhando e vou lendo ao longo do dia, nas esperas do elevador, nas esperas por alguém. Descobri assim Yvane Wiart que tem uns artigos sobre o stress versus o desenvolvimento da nossa capacidade de apego a terceiros e de relativizar as situações. E decidi partilhar convosco uns pensamentos sobre estes temas. Uma das maneiras de gerir o stress psíquico inerente à nossa vida actual é falando sobre as nossas preocupações com os amigos ou com o nosso cônjuge/companheiro, relaxar sentindo-se ouvido e apoiado , possivelmente desenvolvendo maiores afinidades quando a natureza da relação assim o permite. Mas para lá chegar, precisamos de ter  aprendido a considerar a relação com o outro como uma fonte de conforto e apoio,  e tê-lo experienciado e vivido na nossa tenra infância. Noutras palavras, é necessário ter tido a oportunidade de desenvolver uma capacidade de envolvimento (segura) e não termos sido forçados a adaptar-nos desenvolvendo todo o tipo  de  actividades compensatórias e de relaxamento, apenas para ocultar o próprio stress relacional.

Inspirada por um artigo de Yvane Wiart, autora de  L'attachement, un instinct oublié (Albin Michel, 2011)

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