sexta-feira, 27 de abril de 2018

Conversa de impostos que me aquece o coração

O I, após a nossa sessão de carinho e amassos a dar as boas noites ao deitar, diz assim: "Mãe, se os beijinhos pagassem imposto a nossa família seria muito pobre.".

Eleita a conversa sobre impostos mais agradável da minha vida! 

terça-feira, 24 de abril de 2018

Pequenos prazeres - ter uma laranjeira em flor à porta de casa


Nos últimos dias tenho tido o prazer impagável de sair de casa de manhã e ser presenteada com o cheiro a flor de laranjeira. 



É ser envolvida por esse aroma adocicado e ter como visão à saída de casa uma laranjeira em flor. É logo outra energia para enfrentar o dia. 


segunda-feira, 23 de abril de 2018

Yoga e sketching em modo condensado



Há uns fins-de-semana atrás, o Pai e o mais velho foram correr e eu e o mais novo ficámos os dois a fazer yoga. Um yoga muito adaptado a crianças, em modo brincadeira e desafio. Encontrámos um abrigo onde estendemos os nossos tapetes. O desafio do I era fazer yoga à vista de quem estivesse no parque sem vergonhas e acanhamentos. O meu desafio era conseguir mantê-lo a fazer yoga comigo enquanto o Pai e o irmão estivessem a correr. Estava vento e frio, mas bem agasalhados e ao abrigo estivemos mesmo bem. Após uns 20 minutos de yoga - a paciência do I não aguentou muito mais - sentámo-nos nos tapetes e pegámos nos nossos blocos de sketching, e nos nossos pincéis e tintas. 
Saiu um desenho rápido a descomplicar o que estávamos a ver, pois o I não estava a conseguir começar a desenhar e estava sempre a olhar para o meu. A dada altura aconselhei-o a deixar de olhar para o meu desenho e fazer um desenho à maneira dele, pois cada pessoa vê o que a rodeia de forma diferente. Eu virei-me para a minha frente, ele estava do meu lado direito e virou-se mais para o lado, apanhando ainda a lateral do nosso abrigo. Eis o resultado:



Achei o máximo. A próxima vez que lá formos quero ver se o convenço a pintá-lo. Aqueles símbolos do lado direito são uns graffitis que estavam na parede do abrigo.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Repetições das boas


Ontem cheguei a casa e fui fazer o jantar. Foi peixe no forno e quando acendi o forno veio-me logo a vontade de fazer um bolo. O H já me tinha pedido por duas vezes se não podia voltar a fazer este bolo que ele (pelos vistos) adorou mesmo.
Colocado o pirex no forno, depois de dar uma limpeza e arrumação no balcão da cozinham, toca a fazer o bolo em modo acelerado, numa versão muito minha do que é o Slow Living :)



Ainda estava eu a tirá-lo da forno e já estavam de volta de mim a pedir para eu o desenformar. Acho que ainda não tinha pousado a forma no balcão e já estavam de faca em riste a cortar o bolo. Eu a querer explicar que se se corta logo o bolo, o calor faz evaporar a humidade do bolo e este seca mais depressa. Mas depois olhei para a cena e pensei: "Para quê chatear-me se me parece que este bolo não vai ter tempo de secar...". O I esta manhã estava a olhar para a malta a servir-se do bolo, olhou para mim e disse: "Eu gostava de gostar tanto deste bolo como vocês... Não consigo perceber...". Ahahaha, é que o I não gosta de canela e não consegue perceber tanto entusiasmo de volta de um bolo. Tenho de experimentar fazer sem canela para ver se ele gosta.

terça-feira, 17 de abril de 2018

Mais uma experiência na minha Slow Cooker - Entrecosto com molho asiático


  

Quando se tem um rapaz que joga futebol todos os Domingos de manhã, há que deixar o almoço a fazer sem a nossa presença para quando voltarmos todos famintos para almoçar tenhamos algo a nossa espera. 

É nestes dias que acho que a Slow Cooker é a minha melhor amiga (e que fico tãooo agradecida à minha manazita pela sua providencial prenda!).



  

Ingredientes:

2 colheres de sopa de óleo de sésame (eu usei azeite)
2 colheres de sopa de gengibre fresco ralado
1 dente de alho picadinho
1/2 cup de açucar mascavado (eu aqui reduzi e só pus 1/4)
2 colheres de sobremesa de massa pimentão
1 malagueta
1/2 cup de molho de soja com pouco sal
1/4 cup de vinagre de arroz
1/4 cup de mel
2 entrecostos cortados a meio ao alto (para a próxima experimento com 4 entrecostos inteiros, pois comeu-se tudo num ápice e já percebi que cabe na Slow Cooker)
Sal e pimenta
Sementes de sésame e cebolinho para decorar (acabei por me esquecer desta parte... mas acho que deverá ficar óptimo)

1 a 2 colheres de sopa de maizena (amido de milho) para engrossar o molho antes de servir.

Instruções:

Temperar as peças de entrecosto com o sal e a pimenta de ambos os lados e colocá-las na slow cooker. Misturar muito bem os restantes ingredientes, menos a maizena, as sementes e o cebolinho, e regar todo o entrecosto. (tenham cuidado para a malagueta ficar no molho no fundo da Slow Cooker e não em cima do entrecosto para se difundir melhor o sabor no molho).
Cozinhar em low por 4h30 a 5h ou em High por 3h.

Retire o entrecosto. Dilua 1 colher de sopa de maizena num pouco de água e junte ao molho. Ligue a Slow Cooker em High e mexa ocasionalmente até o molho engrossar. Se necessário junte mais 1 colher de sopa de maizena diluída num pouco de água. (Saltei a parte de engrossar o molho e não ficou grosso e pegajoso como é suposto nesta receita. Mas o molho estava óptimo!). Servir o molho por cima do entrecosto e salpicar com as sementes de sésame e o cebolinho. Ou se tiverem crianças esquisitas como o I, levar à mesa as sementes e o cebolinho picado numas tigelinhas e cada um se serve como gostar. 


  
Para acompanhar pode fazer-se um arroz basmati ou um puré, e uma grande salada.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Visita à Praia do Carvoeiro


Nas férias da Páscoa estivemos com uns amigos uns dias no Algarve. Tivemos a sorte de poder passar duas tardes na praia para os miúdos matarem saudades, com direito a um banho numa das tardes. Os restantes dias estivemos no passeio. Um dos sítios que fomos visitar foi a Praia do Carvoeiro e não pude resistir a fazer um sketch para registar o momento.



Apesar de termos temido irmos apanhar chuva, o que no algarve limita grandemente actividades de férias, acabámos por ter imensa sorte e o pouco que chuviscou apanhou-nos na hora das refeições ou durante a noite. Ou seja, nem um pinguinho nos atrapalhou.

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Luta (ou teimosia) de Titãs


O I tem uma personalidade muito forte, decidida, a frisar a teimosia, o que o leva a fazer o que lhe apetece apesar das minhas indicações (ordens) em contrário. Não são coisas muito graves e preocupantes, mas são aqueles pequenos detalhes que moêm t-o-d-o-s os dias. 
Eu, por minha vez, levo muito a sério esta coisa de educar filhos e de mantê-los no caminho certo em todas as latitudes. 
Ontem eu estava naqueles dias com a paciência no limite, após ter conseguido à justa travar uma enxaqueca à tarde, e decidi que não ia deixar passar aquelas embirrices típicas de final de dia. Digamos que o caminho para casa foi uma sucessão de pedidos e exigências algo intransigentes do I, com as minhas respectivas negas e sermões. Cheguei ao ponto em que cada passo mal dado, e com a reacção não desejada à minha chamada de atenção, resultou em "5-minutos-a-pensar-no-assunto", que somados chegaram a 15 minutos sentados à chegada a casa com um caderno para escrever as razões dos sucessivos castigos e o que deveria ter sido o comportamento correcto em cada uma delas - ou seja, pedia-se um mea culpa. 
O I sentou-se e não saiu do sítio, mas moeu-me o juízo com queixas e argumentações. Estava a iniciar os preparativos para o jantar, mas parei, inspirei fundo e juntei-me a ele - íamos ter uma conversa séria. O jantar ia ter de esperar. Foram 35 minutos (aiii!!!!), sim, 35 minutos a controlar-me ao máximo, com o I a passar por todas aquelas fases lindas do grito, do choro, da lamuria do coitadinho, das críticas ao "monstro-de-mãe" que tem. Digo-vos que foi preciso um autocontrole daqueles, colocar em prática todos os tipos de respirações possíveis e imaginárias, contar até 10 muitas vezes. Mas tinha uma ladainha na minha cabeça (e sobretudo no coração) em loop: "É mesmo isto que uma Mãe tem o dever de fazer. Tem de contrariar, tem de educar, mesmo quando doí, quando a criança parece não estar a perceber e quando parecemos aos olhos dos nossos filhos os seres mais odiosos do mundo. Vou ter de levar isto até ao fim.". No final ele foi a correr fazer os TPC e eu fui fazer o jantar. O resto da noite foi muito pacífica, mas eu fiquei com os nervos em franja, desgastada. Mas quando fui deitar o I e trocámos beijinhos e abraços tive direito a um abraço mais demorado e apertado com um desculpa no final e um olhar que vale todos os mea culpa do mundo. Agradeci, reforcei que é normal de vez em quando termos conversas daquelas para nos entendermos, que é assim que ele aprende a crescer para ser uma pessoa melhor - o que todos queremos que ele seja. E que eu tenho a certeza que ele tinha crescido naquele dia. Mais um abraço, mais um beijinho e eu saí do quarto dele já com o coração leve, o desgaste diluído naquele momento de doçura e com a certeza que a minha ladainha é a correcta e fica cada vez mais enraizada no meu coração.

quinta-feira, 12 de abril de 2018

O Boneco da estante #22





Mexeu novamente!

Diria que vai a fugir do monstro verde...





It stirred again!

I would say that it's running away from the green monster...




Il bouge à nouveau!

Je dirai qu'il s'enfui du monstre vert...

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Bolo de maçã, noz e canela




No fim-de-semana em que voltei de férias da Páscoa apeteceu-me fazer um bolo e como ainda tinha tangerinas e clementinas no meu frigorífico e adorámos este bolo (clic aqui!) comecei a por a parafernália toda na bancada da cozinha. 
Estava toda lançada quando me apercebo que não tinha iogurte em casa. Após ultrapassar o "choque" de não conseguir fazer o meu bolo do momento comecei à procura de um bolo parecido sem iogurte. Deu para perceber que todos os bolos parecidos que tenho no meu livro de receitas têm iogurte... Mas estava mesmo decidida a fazer um bolo. Lembrei-me então de um que fazia muito em casa dos meus pais, cuja receita se extraviou - o bolo de noz e canela. Fiz uma busca na net e decidi-me por uma receita que me pareceu muito semelhante à que eu fazia, mas com maçã. Com um sorriso na cara novamente, lá fui fazer o meu bolito. Ficou óptimo! Foi aprovadíssimo pelos gulosos lá de casa. O I que não gosta de canela nem quis provar, mas ele não é (ainda) muito dado a bolos. É um bolo óptimo para acompanhar um chá e para mandar para os lanches. Mais um sucesso que registei no meu livro de receitas. 



Bolo de maçã, noz e canela

Ingredientes:

300 gr de farinha
150 gr de açúcar branco
150 gr de açúcar amarelo
2 colheres (chá) de fermento para bolo

6 ovos
150 ml de óleo de girasol
1 cálice de vinho do Porto
2 colheres (chá) de canela moída

150 gr de maçã descascada e em cubos não muito grandes
150 gr de nozes partidas


Na batedeira misturar os secos. Numa tigela grande à parte bater os ovos, o óleo e o vinho do Porto com a vara de arames e misturar a canela. Juntar ao secos e bater bem.

Acrescentar a maçã em cubos e as nozes partidas à massa obtida e envolver tudo (não bater!). 

Levar ao forno pré-aquecido, a 170ºC, em forma de buraco de 30cm diâmetro, untada com margarida e farinha.

quarta-feira, 4 de abril de 2018

A vida não deve ser vista como uma caminhada para um fim


Pois, não vos vou falar sobre a morte, como fim de vida. O propósito deste post não é esse. Até está relacionado, mas não é o ponto fulcral. Venho vos deixar aqui um link para um pequeno vídeo que em 4 minutitos relativiza a forma como se encara a vida - deve ser vista como uma jornada? Como um meio para atingir um fim? 

Viver não é difícil, difícil é saber viver

É saber como viver e para que viver. Não é assim tão simples como apresentado neste video, ... ou será?

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Metade de uma vida


Ontem, além do Dia das Mentiras, foi o aniversario da minha entrada na vida profissional. Aquela data em que deixamos de ter férias de três meses, temos a alegria de receber um cheque ao final do mês (na altura nem sonhamos na responsabilidade acrescida que vem com esse primeiro cheque). Mas a razão para eu estar a partilhar esta data convosco é que percebi ontem que atingi aquele marco histórico em que estive empregada metade da minha vida. DEUS!

SIM, tenho precisamente o mesmo tempo de "Empregada" do que tenho de "somente-jovem-inconsciente". E hoje pensei que poderei ter à minha frente aproximadamente o mesmo número de anos até chegar à reforma (assim haja trabalho e não continuem a protelar a data de entrada na reforma...). Em todos estes raciocínios, felizmente, não estão presentes sentimentos de frustração ou tristeza. Apercebo-me que são apenas constatações de factos históricos e referências temporais da minha história. E é bom. Tenho a sorte de nunca ter tido até à data preocupações com a minha vida profissional. Foi sempre muito estável e fora algumas pecuinhices sinto que tenho a enorme sorte de gostar do que faço (obrigada, Deus!). Claro que hoje quando voltava para o trabalho vinha com aquele sentimento de que gostaria de ter ficado mais um (vá só mais um) dia de férias. Sobretudo, porque os meus pimpolhos só voltam amanhã para a escola.