Fui a uma consulta e este meu médico - que adoro - faz-nos esperar horas na sala de espera. Após ter lido as últimas revistas, ter dado uma olhada no telemóvel, já estava em completo desassossego - farta de ali estar. Quando a pessoa que estava sentada à minha frente se levanta para entrar, lembrei-me de puxar do meu livrinho de sketching que anda sempre comigo e desenhar o cadeirão que tinha à minha frente. Sempre gostei dele, com aquele seu ar de quem já acolheu muita gente, dia após dia, sem deixar de dar conforto e aconchego.
E de repente o tempo pareceu-me tão pouco. Já não me importava de ficar à espera. Sabia que deveria ser a próxima e desenhei à pressa. Fui interrompida quando estava a terminar de desenhar a mesinha de apoio, onde está o candeeiro. Como daqui a um mês vou lá novamente, vou rezar para a cadeira onde estive sentada estar livre para poder acabar o desenho. Ou, se não, sento-me por perto e pinto-o tal como está.
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